PROGRAMA "HAPPY HOUR" NO ANO DE 2000?

Estou há umas semanas fazendo as legendas dos programas de TV sobre depressão, hoje comecei a legendar o "Happy Hour". Isto significa que tenho que assistir tais programas umas mil vezes. Agorinha pouco me ouvi dizer para a apresentadora Astrid: "descobri recentemente que minha primeira crise foi aos 8 anos, de idade!". Estou impressionada como a minha noção de tempo não confere com o "tempo adotado para o cotidiano" e como as informações me vem como se fossem pedacinhos de mosaicos que são visualizadas já como a figura final, mas no meio dos fragmentos ainda soltos eu fico um pouco incerta e insegura de confiar no que ja vi. Confuso, né!

Bom, o programa "Happy Hour" foi este ano de 2010, para mim parece que já foi em 2000! Já não me reconheço muito, ainda estava insegura com minhas descobertas acerca da doença.
Semanas antes de tal programa, na terapia corporal tive uma vivência que comprovou o que já sabia: a primeira crise de depressão não foi aos 11 anos como acreditava e sim aos 8! Relembrei tal crise e que também na primeira série, lá pelos 7 anos foi quando comecei a ficar esquisita.
O interessante é que parece que eu já sabia de tudo isto lá atrás, mas a comprovação veio anos depois. Deixe eu tentar explicar como eu funciono: é assim, como se alguem do futuro chegasse e dissesse: "olha em 2015 você vai se sentir finalmente livre!" e esse alguem me dá um momento para sentir tal sensação de liberdade. Aí ele retira-a e se vai. Eu continuo em 2010, ainda no processo de cura, mas já com um vislumbre do que posso vir a ser. E muitas vezes isto me causa mais ansiedade noutras me alivia.
Com a depressão, aos 18 anos quando fui diagnosticada, já sabia sim as razões: além da genética o ambiente familiar insalubre em que cresci: um pai biruta que era compulsivo sexual e violento, muito desagradável, que sempre destruía minha auto-estima, só falando dos meus defeitos. Sabia das causas da depressão, mas fingia que não sabia! Era tão insegura e minha família também não queria encarar tal histórico familiar que até com a psiquiatra discuti por causa disso: não queria fuçar no passado, me sentia errada e culpada com tal procedimento.
Quando comecei a encarar tais fatos, era como se finalmente tivesse chegado no meu destino! Mas uma vez nele já havia sido informada que teria lá na frente que lidar com o fato de ter conseguido alívio e o caminho da cura para a depressão nas terapias ditas alternativas e complementares, que hoje em dia fazem parte da medicina integrativa e é o que há de mais novo e eficiente. Ela engloba a tecnologia da medicina tradicional com os conhecimentos milenares de outros tratamentos terapêuticos.

E por que escrevi tudo isto? Para eu lembrar de escrever sobre tais tratamentos e descobertas científicas tão bacanas que ainda não são muito utilizadas pela maioria dos profissionais, pois para mudar paradigmas leva-se tempo, tempo este que muitas vezes o depressivo ou bipolar não tem!

Há poucos profissionais bem treinados com uma visão abrangente sobre medicina e VIDA, que são os verdadeiros gênios, mas na nossa sociedade medíocre demora-se às vezes um ou mais séculos para reconhecer que os gênios são gênios, né!

Portanto vamos dizer para a dona ignorância atrevida se sentar enquanto estudamos sobre "novos velhos assuntos", assim temos material para construir parte do caminho que dá acesso a instrução e sabedoria mais confiável: a que vem de dentro!