18 abril 2010

TEM PACIENTES E PACIENTES...

Conheço algumas pessoas que sofrem das doenças do século XXI: depressão, bipolaridade, distimia, ciclotimia, etc e parecem gostar de serem doentes. Não buscam tratamento adequado, o fazem pela metade e culpam o mundo pelas suas misérias. Sabem que tem uma doença, podem se tratar direito mas preferem encher o saco de quem está em volta. A última pessoa com a qual me deparei assim foi a gota d´agua e resolvi realmente me afastar desse tipo de doente que já tem a carga da doença somada a toxina da inércia.


Assim peguei um post excelente sobre o assunto escrito pela querida C. do blog conversacomotravesseiro.wordpress.com, que aliás escreve muito bem!

"...Logo tudo aquilo que ela é contra, é o que ela mais faz: superficialidade. Não quer ajuda, não quer a cura para sua suposta Síndrome... E não compreendo alguém que não queira a cura disso...
Não há escolha que a satisfaça: alopatia, homeopatia, psicanálise. Nada! Tudo faz parte de um complô para retirar dinheiro dos pacientes, brincar com a vida desses, fazendo pesquisas, como se fôssemos cobaias para tudo. De certa forma, sempre somos, mas com limites, sem brincadeiras com nossa vida.
Quer mesmo, é chamar a atenção. Precisa, mesmo, é da cura de seus mimos de infância. Quer ser forte por suportar tanto tempo uma doença aterrorizante. Para isso, ela recebe elogios: é forte e ainda se expõe. Expõe suas “loucuras”. De fato, isso é bonito, não fosse o fato de não se contentar com nenhum tipo de tratamento.
Eu não quero ser forte, quero ser feliz. Tentei homeopatia. Depois, só terapia, sem medicação. Mas foi na medicação que encontrei minha salvação. Não a cura, ainda. Há muito chão. Mas estou muito melhor. Já minha amiga Alyson, encontrou seu caminho em meios alternativos, tão dignos quanto, e se sente bem assim. Mas não abandonou a busca.
Aliás, todas as pessoas que conheço que têm algum distúrbio desse tipo, sempre procurou algo. Qualquer coisa, desde que o livrasse do sofrimento. Ela não, nunca se contentou. Não aceitou a terapia, porque ouvir a verdade dói. Quantas vezes não me irritei com um terapeuta, e foi meu marido que me abriu os olhos. A questão é: eu queria abrir os olhos. Não quero chamar atenção pela distimia. Não quero ser a coitadinha porque sou distímica. Sou, tenho um problema, que me trouxe muito prejuízo enquanto não me tratei. Agora, estou recuperando minha vida, em breve um trabalho. Como disse em outro post, posso me considerar feliz, pois tenho meus momentos de alegria, e, mesmo quando ela não está lá, eu sei que uma hora voltará..."

Há pessoas e pessoas... algumas agarram a vida na unha e encaram suas sombras, e abandonam seus velhos hábitos e vícios em nome de um crescimento para uma vida melhor. Outras vivendo na sombra a adornam com algumas luzinhas artificiais, que estando ali há tanto tempo, vão perdendo o brilho, a escuridão toma conta. Mas, mesmo assim, elas resistem em acender a sua verdadeira luz interna, pois isto dá mais trabalho.

6 comentários:

Paulo disse...

Pra quem quer morrer não é estranho achar que não MERECE tratamento, ou achar que não vai adiantar, etc...

alysondaas disse...

uma pessoa que ja lida com uma doença dessas a mais de anos, que tem acesso a tratamentos e nao faz porque diz que nao precisa de terapia porque ela sabe da onde vem a doença, além de doente é orgulhosa. Uma pessoa que toma os remedios tudo errado, que não aceita ajuda de ninguem mas cobra os outros, não quer morrer quer chamar a atenção.Quer se valer da doença para poder colocar a chatice aguda pra fora, porque para ela ninguem presta, nem mesmo os amigos que enfrentam doenças semelhante e lutam dia a dia para viver. Mas ela não ve o outro! Não! Isso nada tem a ver com achar que não merece tratamento, ou que não vai adiantar, ou mesmo com a doença em si, isso tem a ver com ser mala, mala que despeja sua bagagem em cima do outro porque não quer carregar a propria vida.

Carina disse...

Eu ainda acrescentaria que quem quer morrer, na verdade, não quer morrer, quer se livrar da dor e acha que a única forma para isso é morrendo. Ou seja, de qualquer forma, é sempre a busca pela solução da dor. Quem não quer solução, concordo com a Alyson que quer atenção, que é egoísta, que se coloca contra tudo. Quem tem pensamentos de que não merece tal coisa, na verdade, quer é atenção.Quer ouvir o tempo todo: "sim, vc merece!" E quando ouve isso de um psicólogo, se revolta, acha que o psicólogo é ruim, quando, na verdade, o psicólogo está certo. Palavra de quem já foi "mimada" e hoje sabe o quanto errou. O problema é que, ser mimada por 15 anos e não se dar conta é um pouco demais para mim.
Bjs

Paulo disse...

Não acho que quer ouvir "merece sim!", muito depressivo acha sinceramente do fundo do coração que não merece mesmo, que merece é morrer. E realmente não quer "carregar a própria vida", só falta CORAGEM para acabar com ela.

Mas se alguém já chegou ao ponto de procurar psicólogo é sinal que no fundo reconhece que há solução.

Não é de hoje que acho que há grande dose de egoísmo na depressão. Talvez não seja intencional, mas há.

alyson disse...

sim Paulo, tem razão! ha uma grande dose de egoismo no depressivo, na mulher, no homem, na criança, no padeiro, no médico, na tal especie humana que somos! mas quando usamos esse egoismo para cuidar de si mesmo com atenção, então ele é muito bom, pois já não damos trabalho para quem está a nossa volta e aquela pretensão de achar que damos jeito no outro acaba, pois vemos o quão trabalhoso já é cuidar de si mesmo. infelizmente, muitas vezes é preciso ter uma depressão para a ficha cair nesse sentido! Agora hoje em dia com tanta informaçao e tratamentos disponiveis, esses doentes a que me referi, e acredito que a a c. também, são aqueles que ja lidam a anos com a doença, ja buscaram ajuda profissional, mas empacam no tratamento porque não querem a responsabilidade de cuidar de si e da propria saude, porque da muito trabalho!
bjokas

Julien disse...

olha que postagem excelente!!

eu tenho uma pessoa assim na família e te digo que o que ela mais faz é encomodar as pessoas que estão tentando viver o dia-a-dia!!!
eu depois da minha experiência com a depressão e fazendo o tratamento direitinho e voltando as atividades normais de um ser humano...
percebi que a força de vontade, a luta a cada dia é o nosso bem maior, os remédios sem dúvida são excelentes...digo que caso precise tomar sempre para viver bem...tudo bem!!!
mas os remédios tem efeito de particamente 30% em nosso cérebro...o resto é o efeito placebo!!!!

bjos
Jú.