04 maio 2010

MINHA MENTE É UMA DELIQUENTE!

TPM, horas para alisar a juba na chapinha para fazer um trabalho, ando na calçada ja irritadíssima em direção ao carro, uma pomba caga em minha cabeça, volto para o salão. Telefonema do trabalho, não terei tempo de refazer a chapinha e a produtora maleta está histérica porque eu vou atrasar tudo. Entro no carro e vou para o trabalho, o farol está aberto mas sou atingida por um playboy em um carrão, que passou no sinal fechado e ainda fica nervosinho me xingando. Pego o extintor de incêndio do meu carro e amasso o dedinho do pé dele. Vou presa.

Isto não aconteceu de fato, é apenas uma ilustração do estado em que me encontrava nas duas semanas que se passaram: IRRITAÇÃO AGUDA. Estava prestes explodir. Depois de uma consulta com minha médica, peguei meus florais e fui me refugiar na praia, me retirei fisicamente de perto dos outros, temia pela segurança e sanidade alheia.
A praia é meu "deprenômetro", aonde posso me peceber sem interferências. E lá me tranquilizei porque percebi que finalmente eu nasci, estou tão mais lucida e em paz para percorrer o caminho! Antes eu era como um demônio da tasmania perturbado a andar, agora talvez seja só um demônio da Tasmania mesmo! E a irritação sei da onde vem, tudo bem.
Foi muito bacana perceber que o que meu terapeuta diz sobre a minha mente ser viciada no negativo e buscar criar coisas que me façam sentir culpada está muito claro, como a água daquele mar belissimo! A minha mente é uma deliquente! Ela cria tumultos, se aproveita do meu lado mais fracote, tenta me colocar para baixo, mas agora eu pego a danada com a boca na botija.
Por exemplo ela fica tentando me preocupar usando artificios tão comuns às mentes: perambula pelo futuro e traz mil preocupações acerca dele, como a questão financeira, as possibilidades de tudo dar errado, o absurdo de eu estar fazendo o que faço, de ser como eu sou... Já faz um tempo que venho nesse processo de perceber as artimanhas da minha mente, agora busco reeducá-la para a gente juntas ser feliz. Dá trabalho, mas não tenho como simplesmente trocá-la por uma mente mais serena, então assumi o papel de mestra dela e um dia espero não mais ter que vigiá-la e sim libertá-la, pois sem esforço algum ela será muito saudável! Até lá eu estou de olho dona mente!

Um comentário:

Bruno David disse...

Mexeu comigo...
GRANDE ABRAÇO!