Durante anos me conhecia só "de vista"*. Quando me via, só acenava com a cabeça e balbuciava um tímido "oi". Dificilmente perguntava "tudo bem?", mas quando ele saía mecanicamente ficava receosa que a resposta fosse negativa e já desviava minha atenção para outro ponto.
Desde que tive a recorrência da depressão, a uns quatro anos atrás, por imposição da vida fui levada à uma busca por me conhecer. Além de diversas terapias também fui, cheia de preconceitos, a uma astróloga. Gostei tanto que fiz meu mapa com ela três anos seguidos. Cheia de preconceitos (que anda de braços dados com a ignorância) também fiz numerologia, assim passei a me cumprimentar de verdade! Com o tempo sentava para tomar um cafezinho comigo mesma, até que uma amizade foi florescendo e eu fui me conhecendo bastante.
Tais atendimentos me ajudaram muito a trazer a tona o que eu era, que de certa forma eu ja sabia, mas ficava encobrindo. Meus traumas, meus gostos e desgostos, minhas potencialidades, minhas qualidades e defeitos, pontos fortes e fracos, meu propósito de vida, meus reais desejos e necessidades, tu-do!
E agora, a umas semanas atrás conheci um jogo milenar chamado Lilah que é fantástico! Joguei sob a orientação do querido terapeuta Deva Khadira** e tive meus questionamentos e dúvidas sanados, bem como um enorme aprendizado acerca de mim mesma e da minha trajetória de vida. Uma vivência emocionante!
"Quando tratamos de qualquer coisa que venha da Índia estamos em contato com este eficaz sistema que permitiu que, conhecimentos tão antigos, chegassem com o frescor do novo.
Na mitologia védica assim como em vários mitos nos quatro cantos do mundo, existe uma árvore no centro do mundo, o que diferencia esta árvore das suas parceiras de outras culturas e povos é que ela está invertida: sua copa esta para o solo da terra e as suas raízes estão se nutrindo do céu. Quando jogamos Lilah somos convidados a visitar por uns instantes a raiz desta árvore. É natural quando apreciamos uma frondosa árvore na natureza admirarmos a beleza das flores, apreciarmos o sabor dos frutos ou mesmo a textura do tronco, mas raramente alguém reverencia a raiz e agradece e legitima a sua estrutura e nutrição para toda a árvore. Então, seguindo nesta metáfora, os variados eventos em nossa vida são como as flores e frutos, importantes e necessários, muitas vezes parecem aparecer do nada e caímos na ilusão de ver tudo de forma fractal, desconectada e algumas vezes sem esperança.
O caminho que seguimos no tabuleiro com o auxilio do dado que se presta como instrumento da sincronicidade, nos leva a visitar a raiz ou nossa jornada mítica, a termos a percepção que somos heróis e nossa vida é nosso mito. Mais clareza e presença para usufruir melhor dos eventos que são um florescimento de um processo. As sessões de Lilah podem acontecer tanto individualmente, quanto em grupo. Em 1992, iniciei a trabalhar com grupos utilizando este jogo como fio condutor e catalisador de processos internos. Geralmente a visão que se tem de um jogo de tabuleiro que se joga em grupo é a competição em que muitos perdem um ganha; o Lilah trabalha com outro caminho, a cooperação, criando outra sinergia, permitindo que a dinâmica seja muito útil para equipes de trabalho, famílias, casais etc. A vivência permite se observar no caminho que cada um segue no tabuleiro os pontos em comum e o divergentes e a possibilidade de se chegar a um consenso do grupo sobre qual a melhor maneira de seguir a jornada." Khadira
*minha tia, que é uma palhaça no bom sentido e faz terapia há anos, comentou um dia que só queria se conhecer "de vista" mesmo!
**para quem quiser jogar o Lilah o contato do terapeuta Khadira: email: khadiradeva@gmail.com
28 maio 2010
ASTROLOGIA???? BÃH!
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