20 maio 2010

GISELES, ALICES E EUS

 A minha história foi jogada em meu colo e ela pesa. E ela é minha! Ela sim é minha! Não as histórias que criava quado criança e adolescente em torno de figuras públicas para não ter que carregar a minha história pesada, que foi cutucada e está sangrando para todos os lados. Hemorragia! Não chame os médicos, eles não saberão o que fazer!
Bom, das historinhas que previa no passado como uma futuróloga (e era muito boa, viu!), uma delas consistia no fato de que no futuro o Brasil teria supermodelos, aqueles seres lindos! E que uma delas faria muito muito, mas muito sucesso. "Não poderá ser eu, porque pelo jeito não vou crescer muito e não sou ideal de beleza!" Mas logo já entrava na fantasia de que eu estaria lá com meus 1,78 de altura desfilando nas passarelas, feliz da vida, viajando o mundo, conhecendo pessoas interessantes e trabalhando bastante, para um dia ter minha própria criação de roupas...
Então aterrisava em Hollywood! Ah, isto sim poderia ser eu, claro! Uma brasileirinha que conseguiria abrir caminho para outros brasieliros em Holly. Uma excelente atriz, feliz, que aproveitaria os papéis densos para sofrer e entrar na loucura, tão distante da minha realidade, já que era leve!
Sempre que divaga por esse mundo tão distante do meu, imaginava alegria, realização, trabalho, responsabilidade social e com o planeta. Nunca me demorava na parte glamourosa da coisa, pois que nunca fui atraída por tais ilusões... Apenas por aquelas "mais pé no chão", que me ocupassem de não ter que carregar a minha história pesada...

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