11 fevereiro 2009

RUIM? NEM TANTO!

Não estou me reconhecendo, é tudo novo! Infelizmente terei que tocar em assuntos desagradáveis, já que a depressão não se desenvolveu devido aos momentos bons que vivi no passado, isto é fato! Conversando com minha avó, que com frequência suscita situações ruins do passado, finalmente despertei da minha anestesia de não querer encarar a realidade e perguntei: "existiram momentos felizes dela e da família reunida junto de meu pai?" Ao que ela pensou e respondeu: nunca!
 Então comentei que me achava meio maluca, pois as lembranças que tinha da infância e adolescência eram tão ruins, tão pesadas mas que não correspondiam ao que o restante da família se recordava. Era eu então a louca da casa? Resolvi ser tão alegre até uns oito anos que gastei a minha cota de alegria, sendo fadada a viver na depressão dali em diante? Confessei para minha avó que a sensação que tinha do ambiente familiar de outrora era de inferno e que se pudesse me submeteria a um tratamento para esquecer tudo. Só de estar escrevendo aqui uma alergia no meu colo foi despertada, o desconforto passa do emocional para o físico e já faz tanto tempo... Minha avó disse que sim, era um inferno. Relembramos muitas coisas e ao contrário do que dizem que não se deve falar de coisas ruins, no dia seguinte estávamos bem melhor. Me senti desentupida, senti algo que a muito não sentia, amor por mim: sobrevivi.

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