13 fevereiro 2009

ANDE CADEIRANTE!

Minha avó me contou que chorou. As lágrimas se manifestaram ao ouvir de uma amiga a história de seu sobrinho. O garoto: uns doze anos, cadeirante, perninhas finas. Esse menino lida com a a preocupação dos pais que não sabem como será se um dia eles vierem a lhe faltar; lida com a descrença dos médicos que dizem que ele jamais andará; lida com a realidade crua que indica que sua vida será ali sentadinho. Ele diz que um dia vai ficar alto, os pais dizem sutilmente que se ele crescer será difícil carregá-lo, ao que ele responde: "eu não vou ficar nessa cadeira para o resto da vida". Como não? Se a realidade aponta para isto!
 É o que os especialistas dizem, é no que a família crê. Se ele ao menos conseguisse se levantar, se ele tentasse... Mas ninguém acredita ser possível. Se mesmo assim sozinho ele insistisse. Se ele tivesse fé em sua própria capacidade, indo contra toda a realidade, quem sabe ele andaria. E ele teve! Desacreditou os doutores com seus anos e anos de estudo e dedicação e provou que com coragem e determinação é possível vencer as próprias limitações, é possível levantar de uma cadeira de rodas e andar. Ele teve fé nele mesmo, e treinando sozinho todo dia com muito esforço ele conseguiu! Quem chora agora sou eu, pois minha avó disse que eu pareço com essa criança e que um dia também vou me equilibrar. Não deve haver sensação melhor do que a auto-superação!

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