Quando digo que sofro de depressão, a doença, ouço com frequencia: "nossa não parece, jamais perceberia!". Devido a este fato antigamente pensava: "nossa será que eu realmente tenho depressão?" e eu comecei a duvidar de mim mesma! Hoje em dia entendo que o estereótipo da depressão é de alguem que não sai do quarto, que não toma banho, que está a parte do mundo. Este é o grau grave da doença, já passei por ele também. Mas há outros graus de depressão e cada ser humano, por ser único, reagirá de maneira peculiar a fdp da depressão (desculpem meu francês!).
27 abril 2009
SIM EU TENHO DEPRESSÃO!
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25 abril 2009
EU ME SURPREENDO...
descobri que sou tão esperançosa que achava que nunca mais teria qualquer chilique.
Aí descobri que na verdade não é bem esperança e sim que ainda recorro, bem menos que antes, à fuga da realidade: um dia vou acordar e ver que era um pesadelo, que nunca tive depressão.
Aprendo todo dia a meu respeito. Me engano, me desmascaro, me cobro, me perdoô, fecho a minha própria cabeça dentro do armário (verdade literalmente falando, tenho até um galo para me lembrar disso!) e falo para mim mesma: sou depressiva suicida médium que tem ataque de pânico de vez em quando.
A questão do suicídio acho que superei, antes tinha ela como uma saída de emergência e me confortava saber que se não aguentasse poderia me matar, hoje em dia já não. Me matar não é mais opção, e percebo que para mim vencer está na força de vontade de não desistir nunca. O ataque de pânico me lembrou bem: um dia com certeza vou morrer, para que a pressa?
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14 abril 2009
SÍNDROME DO PÂNICO
Ao longo da minha vida de 27 anos tive alguns poucos episódios de síndrome do pânico. A primeira vez foi quando estava péssima da depressão. Durante o ataque sentia mal estar e ao mesmo tempo um alívio, como se minhas preces tivessem sido atendidas e eu finalmente fosse morrer. Mas o coração disparado foi se acalmando, o corpo foi traquilizando, enfim a crise foi passando e eu não morri nada. Fiquei muito confusa, uma amiga experiente em depressão e pânico me explicou que aquilo não era a morte se aproximando nem ataque cardíaco, somente mais uma agregada da doença. Achei muita sacanagem!
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