O tempo que passei em Londres foi maravilhoso. Amei a cidade, as pessoas, descobri que há um lugar no planeta Terra chamado Ilhas Maurício e que os chocolates da Hungria são deliciosos. Me sentia muito bem na terra da rainha, aonde a depressão cedeu bastante. Comecei a me conhecer, descobri muitas coisas a meu respeito, uma delas foi que em país desenvolvido poderia ser pobre, já que isto implicaria em ter férias e viajar para Grécia, Egito, fazer safári, ou seja viagens que daqui do Brasil nem sendo de classe média teria a chance de realizar.
Descobri também que para estudar o que gosto sou a disposição e disciplina em pessoa. Deixava de dormir, atividade que a-mo, para estudar inglês, cinema e atuação. Também descobri que acabava por gostar do meu trabalho, quando tinha que limpar o banheiro fazia o meu melhor e transformava a faxina em meditação. Descobri que fazia o que tinha que fazer com carinho, pois sentia assim uma satisfação interna toda minha, e assim fui garçonete, barmaid, cozinheira, segundo chef, faxineira e kitchen porter (que é a pessoa que lava louças em restaurante, põe o lixo para fora, lava panela, aliás eu com meu tamanho todo quase cabia dentro delas.). Esta minha permanência de dois anos em Londres me fez muito bem, apesar da saudade da família foi muito bom ter me afastado dela para poder me encontrar, me desprender da energia familiar que acabava por me distanciar de mim mesma.
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