31 outubro 2008

IPLA

A dez anos atrás minha irmã cursava psicologia, adorava ler sobre o assunto, mas ficava assustada com as doenças mentais, achava que eu estava seriamente comprometida, já que me identificava com muitas delas. Na verdade até hoje às vezes pergunto para o meu terapeuta se ele tem certeza que não sou esquizofrênica ou bipolar ou psicótica, enfim pinel. Ele diz que não, ufa! O diagnóstico é depressão mesmo.

29 outubro 2008

CAOS DA VOLTA

Após dois anos em Londres retornei para o Brasil, estava com 24 anos. Voltei decidida a ir atrás do meu sonho profissional de criança: trabalhar com cinema, roteiros principalmente. Acredito também que desde sempre quis ser atriz, mas como era do interior, cidade provinciana, sempre ouvia tantos mitos a respeito da profissão que acho que acabei por sentir vergonha de admitir que queria ser algo tão artístico. Bom, meu retorno para as terras brasileiras foi, digamos, um pouco traumático.

28 outubro 2008

DESCOBERTAS

O tempo que passei em Londres foi maravilhoso. Amei a cidade, as pessoas, descobri que há um lugar no planeta Terra chamado Ilhas Maurício e que os chocolates da Hungria são deliciosos. Me sentia muito bem na terra da rainha, aonde a depressão cedeu bastante. Comecei a me conhecer, descobri muitas coisas a meu respeito, uma delas foi que em país desenvolvido poderia ser pobre, já que isto implicaria em ter férias e viajar para Grécia, Egito, fazer safári, ou seja viagens que daqui do Brasil nem sendo de classe média teria a chance de realizar.

27 outubro 2008

PORQUÊS

Agora vem uma fase nova, os porques de ter desenvolvido depressão... Cada ser humano tem seu mundo íntimo e somente ele pode se admnistrar. A depressão é extamente assim, cada qual tem que aprender a se ouvir para poder viver com qualidade mesmo com a doença. É o que venho buscando e acabo esbarrando no meu passado... Pois que vou esbarrar nele quantas vezes for preciso até que me sinta em paz e que possa finalmente aproveitar o presente. Para o futuro gostaria um dia de ver as pessoas encarando a depressão como uma doença assim como uma diabetes, sem tantos preconceitos e tabus, sem fazer dela a Aids do século XXI.

26 outubro 2008