04 novembro 2008

SÓ UM ABRAÇO

"Procurei quem pudesse ouvir minha dor com o coração, entretanto o que recebi foram doutrinações e reprimendas pelo que sentia." - livro Prazer de Viver - Editora Dufaux. Fui criada no espiritismo, seja lá o que isso realmente quer dizer, já que nós seres humanos somos experts em deturpar o conteúdo das coisas, até de pessoas!
Sou fã da filosofia e da ciência espírita, a qual me respondeu logicamente, e tem respondido, aos meus questionamentos a respeito da existência. Aliás o espiritismo tem algo muito em comum com a depressão: a nomenclatura que foi desvirtuada do seu significado real. Se alguém quer conhecer mais a respeito de espiritismo deve ler principalmente os livros de Allan Kardec e Chico Xavier. Mas não é para fazer proselitismo que estou desabafando hoje, aliás jamais faria tal coisa. Baseada nos dizeres que iniciam este post acho de extrema importância o respeito pelo sentimento alheio, o cuidado com o que o outro sente. Fui vítima, e com certeza em minha vida fiz vítimas, da intolerância com o emocinal alheio, do querer o ideal, e descartar as maravilhas que existem na realidade íntima de cada ser. É preciso amar as pessoas do jeito que elas são. Perdemos muito tempo na ilusão de querer mudá-las, na ilusão de transformá-las no que para a gente é ideal, verdadeiro, correto, como se fôssemos pais de criancinhas desordeiras! Que me ame com depressão e tudo, como eu estou aprendendo a me amar, que ouçam minha dor com o coração, pois assim nem é preciso falar!

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