Na época dos ensaios do filme V.I.D.A. me flagrei em alguns momentos em prece pelas mães que sofriam depressão. Não pude deixar de sentir por elas, porque essa era a situação da minha personagem. Imagine ser acometida então pela depressão pós-parto? Vixi! Bom, eu conheço uma moça bonita e bacana chamada Julien que teve a depressão pós-parto e hoje faz um belo trabalho de alerta a respeito desse mal que também é envolto por tabus. Para se ter idéia alguns médicos ainda não diagnosticam a dita cuja, prolongando o sofrimento da mãe e de toda a família. A bonita Julien bacanamente deu uma entrevista para o site Via Mulher. Abaixo segue trechos da matéria.
"Como a vida imita a arte (e vice-versa), há casos reais e parecidos com a trama. A professora de inglês Julien Baida Katko, 31 anos, é um bom exemplo disso. Ela conta que, da mesma forma que a personagem, teve uma gravidez tranquila, se sentia bem disposta e feliz. Julien trabalhou durante os nove meses e engordou pouco.
Tudo parecia perfeito, até que a pequena Giovanna chegou. Depois do parto, a nova mamãe começou a ter sentimentos diferentes. "Logo nos primeiros dias já comecei a me sentir muito triste e chorosa, pensei que tudo iria passar, sendo que pelo que sabia era normal se sentir assim, mas a cada dia me sentia pior. Não tinha vontade de comer, não conseguia dormir, chorava muito, sentia uma angústia horrível em meu coração, me sentia infeliz, sozinha... e culpada, pois o que sempre sonhei era ser mãe e quando ocorreu eu não queria mais! Essa culpa dói, machuca e faz com a depressão piore", recorda.
Com tantas sensações ruins, Julien não conseguia dar a devida atenção à filha, simplesmente cuidava dela por obrigação. No início, a família não entendeu o que estava acontecendo com a professora. Assim que percebeu que algo estava errado, a mãe de Julien a levou a um psiquiatra.
E o ideal é mesmo procurar ajuda profissional após algum tempo com sintomas como ansiedade, angústia e falta de interesse pelo bebê. A chamada "melancolia pós-parto", mais comum e menos grave que a depressão, apresenta sintomas semelhantes e tende a passar sozinha dentro de duas semanas. Depois disso, o mal estar já pode ser classificado como doença e precisa ser tratado como tal.
Para tanto, o primeiro passo é tomar consciência da situação, o que costuma ser a parte mais difícil. "Eu não conseguia acreditar que estava com depressão pós-parto, não conseguia aceitar a doença, não queria aceitar o tratamento forte, pois tinha que desmamar a Giovanna, e eu pensava que a única coisa boa que eu dava a ela era o meu peito. Mas tenho que admitir que o fazia sem vontade, sem amor", lembra a professora.
Ela acabou aceitando sua condição e aceitou ajuda. Superou a doença com tratamento psiquiátrico, antidepressivos e algumas sessões de terapia para aceitar a doença. "Mas o meu maior remédio sempre foi a Giovanna que, mesmo me vendo chorar, sorria para mim e dizia com os olhos: ‘mamãe, não chora, tudo vai ficar bem’".
E não é que ficou mesmo? Hoje, Julien comemora a vitória contra a depressão pós-parto e agradece a paciência, ajuda e atenção oferecidas pelas pessoas próximas, especialmente pelo marido e familiares. "Em muitas horas, eu nem precisava conversar muito ou desabafar. Apenas sentir que tinham pessoas a minha volta prontas a ajudar já dava muita força e conforto. O apoio da família, do marido e de amigos queridos é muito importante"."
E para acessar o blog da Julien: depreposparto.blogspot.com
Trailer do filme "O estranho em mim" que aborda o assunto
4 comentários:
Minha querida!!! Obrigada d coração!!! Saiba q vc eh uma mulher especial!! Adoro ler td q escreve!!
Bjbj
sinto o mesmo ju!
bjoka
Eu gostaria de baixar o filme todo com legenda em portugues. Não estou conseguindo achar. Alguém sabe como fazê-lo?
anonimo,
eu nao sei e acho q esse filme ja deve ter pra alugar. to doida pra ver tb!
bjoka
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