10 setembro 2010

Filme sobre DEPRESSÃO PÓS-PARTO: ficção ou realidade?

Na época dos ensaios do filme V.I.D.A. me flagrei em alguns momentos em prece pelas mães que sofriam depressão. Não pude deixar de sentir por elas, porque essa era a situação da minha personagem. Imagine ser acometida então pela depressão pós-parto? Vixi! Bom, eu conheço uma moça bonita e bacana chamada Julien que teve a depressão pós-parto e hoje faz um belo trabalho de alerta a  respeito desse mal que também é envolto por tabus. Para se ter idéia alguns médicos ainda não diagnosticam a dita cuja,  prolongando o sofrimento da mãe e de toda a família. A bonita Julien bacanamente deu uma entrevista para o site Via Mulher. Abaixo segue trechos da matéria.

"Como a vida imita a arte (e vice-versa), há casos reais e parecidos com a trama. A professora de inglês Julien Baida Katko, 31 anos, é um bom exemplo disso. Ela conta que, da mesma forma que a personagem, teve uma gravidez tranquila, se sentia bem disposta e feliz. Julien trabalhou durante os nove meses e engordou pouco. 
Tudo parecia perfeito, até que a pequena Giovanna chegou. Depois do parto, a nova mamãe começou a ter sentimentos diferentes. "Logo nos primeiros dias já comecei a me sentir muito triste e chorosa, pensei que tudo iria passar, sendo que pelo que sabia era normal se sentir assim, mas a cada dia me sentia pior. Não tinha vontade de comer, não conseguia dormir, chorava muito, sentia uma angústia horrível em meu coração, me sentia infeliz, sozinha... e culpada, pois o que sempre sonhei era ser mãe e quando ocorreu eu não queria mais! Essa culpa dói, machuca e faz com a depressão piore", recorda.
Com tantas sensações ruins, Julien não conseguia dar a devida atenção à filha, simplesmente cuidava dela por obrigação. No início, a família não entendeu o que estava acontecendo com a professora. Assim que percebeu que algo estava errado, a mãe de Julien a levou a um psiquiatra.
E o ideal é mesmo procurar ajuda profissional após algum tempo com sintomas como ansiedade, angústia e falta de interesse pelo bebê. A chamada "melancolia pós-parto", mais comum e menos grave que a depressão, apresenta sintomas semelhantes e tende a passar sozinha dentro de duas semanas. Depois disso, o mal estar já pode ser classificado como doença e precisa ser tratado como tal.
Para tanto, o primeiro passo é tomar consciência da situação, o que costuma ser a parte mais difícil. "Eu não conseguia acreditar que estava com depressão pós-parto, não conseguia aceitar a doença, não queria aceitar o tratamento forte, pois tinha que desmamar a Giovanna, e eu pensava que a única coisa boa que eu dava a ela era o meu peito. Mas tenho que admitir que o fazia sem vontade, sem amor", lembra a professora.
Ela acabou aceitando sua condição e aceitou ajuda. Superou a doença com tratamento psiquiátrico, antidepressivos e algumas sessões de terapia para aceitar a doença. "Mas o meu maior remédio sempre foi a Giovanna que, mesmo me vendo chorar, sorria para mim e dizia com os olhos: ‘mamãe, não chora, tudo vai ficar bem’".
E não é que ficou mesmo? Hoje, Julien comemora a vitória contra a depressão pós-parto e agradece a paciência, ajuda e atenção oferecidas pelas pessoas próximas, especialmente pelo marido e familiares. "Em muitas horas, eu nem precisava conversar muito ou desabafar. Apenas sentir que tinham pessoas a minha volta prontas a ajudar já dava muita força e conforto. O apoio da família, do marido e de amigos queridos é muito importante"."
E para acessar o blog da Julien: depreposparto.blogspot.com


Trailer do filme "O estranho em mim" que aborda o assunto

4 comentários:

Julien disse...

Minha querida!!! Obrigada d coração!!! Saiba q vc eh uma mulher especial!! Adoro ler td q escreve!!
Bjbj

Ana Maria Saad disse...

sinto o mesmo ju!
bjoka

Anônimo disse...

Eu gostaria de baixar o filme todo com legenda em portugues. Não estou conseguindo achar. Alguém sabe como fazê-lo?

Ana Maria Saad disse...

anonimo,
eu nao sei e acho q esse filme ja deve ter pra alugar. to doida pra ver tb!
bjoka