Quando a doença se achega a reação cessa, a imobilidade se instala. Lembro-me de estar tão apática e imóvel, descrente da vida e de tudo que já não queria mais ir a médicos, com o argumento de que nada funcionava.
Ficava irritada e queria ficar ali, só ali, aonde o mundo provavelmente começaria a acabar. Já havia tentado tantos remédios e nada, a psiquiatra não sabia mais o que fazer. Aliás foi usando o que sobrou deles que tentei o suicídio pela primeira vez. Tentei a psicanálise e devido a minha ignorância de achar que aquela era o único modo de se fazer terapia desenvolvi anticorpo contra a mesma. Fiquei preconceituosa afirmando que terapia não funcionava. Nunca gostei de falar de mim e a psiquiatra insistia que eu fizesse um monólogo de preferência deitada no divâ, detestava. Depois desta experiência passei a acreditar que terapia era bobagem. Tomei os florais de Bach e nada, tentei homeopatia e nada, o que me levou a não querer mais me tratar, mas sempre tinha alguém que me levava... Em uma dessas conheci um homeopata que acertou no tratamento e comecei a melhorar, aleluia! Fiquei estável durante uns anos, mas elas chegaram de mansinho: as recaídas.
18 março 2009
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