12 junho 2009

A paz ainda é possível?

A honestidade me vestiu, Quer abolir os ornamentos. As fantasias de outrora, que me serviram para conter o instinto assassino, Me assassinaram. Agora, as desilusões me ressuscitam. Vivo cheia de feridas cascudas e gordas, que talvez se tornarão cicatrizes. Mais. Até quando elas ficarão morando em mim? As vezes elas doem. Já não sangram, O sangue cansou de ser desperdiçado E resolver somente circular aonde deve. As feridas estão secas e fofas, Respeitando o tempo de viagem que as cicatrizes levarão para chegar. Quando elas aterrissarem quem sabe, aí sim, a paz será possível!

3 comentários:

Tê Barretto disse...

Lys, querida. É um caminho árduo, mas possível sim. Sem tatuagem nem lixo embaixo do tapete. Nunca se esqueça da soberania do tempo. Ah, o tempo...
...passamos por ele e as dores, as cores, os amores e desamores vão se reciclando ou desaparecendo de nossas vidas. Adorei seu texto: cru, verdadeiro, mas sinalizador de boas possibilidades. Um beijo.

Ana Maria Saad disse...

ando sentindo a questão de como é dificil ser util quando tenho que estender a mão para mim mesma, as duas, para segurar a deficiencia emocional causada pela doença. não me sobra muitos recursos para os outros...
ao ler seu comentário no meu blog, foi como se você tivesse colocado a sua mão nas minhas!

obrigada!

bjo grande

Tê Barretto disse...

Vi seus comentários e respondi lá no blog. Depois dá uma olhada. Também a-do-ro seu blog e é leitura obrigatória pra mim, até pq me preocupo com seus "sumiços", rs. Eu sou assim mesmo, o que sobressai é a figura do "pai protetor", como diz minha terapeuta mais doida q eu. Vou tentar resgatara matéria de Record e postar lá!`Perdi essa. Beijo, minha linda.